Credito y Caucion aposta no crescimento orgânico Semanário Económico
A Credito y Caucion(CYC) quer liderar o ramo dos seguros de crédito em Portugal.
A Credito y Caucion(CYC) quer liderar o ramo dos seguros de crédito em Portugal. "O objectivo deverá ser alcançado em 2010 ou, o mais tardar, em 2011", disse ao Semanário Económico Nuno Monteiro, director da Sucursal de Lisboa da companhia espanhola, à margem da apresentação de resultados da empresa, em Madrid.
Nuno Monteiro afirma que este crescimento terá de ser " realizado através de crescimento organico, pois não há oportunidades de compra".
No final de 2007 a CYC detinha uma quota de mercado de 31%, no seu segmento de actividade, com a Cosec (Companhia de Seguros de Créditos) a liderar o ranking, com cerca de 40% do mercado. Para isso, a Sucursal de Lisboa espera um crescimento de nova produção, para 2008, de 90%, e de 8% em termos de volume de prémios processados - 18,96 milhões de euros em 2007.
A nível mundial, a CYC, obteve um resultado líquido consolidado de 42,01 milhões de euros em 2007, uma variação negativa de 11,66% relativamente ao ano anterior. O que David Capdevila, director geral da companhia, explicou, durante a conferência de imprensa, dever-se, essencialmente, "a um reforço de 18,14% das provisões técnicas, para 813,83 milhões de euros, aumentando assim a solvência da companhia perante um futuro incerto, com a crise financeira que se vive". As despesas sobre prémios da CYC, no exercício transacto, desceram 0,6 p.p. para 25,3% e a eficácia de recuperação de créditos melhorou de 14,3% para 14,8%. Mas o custo técnico sobre prémios aumentou de 52,6% para 67,5%, e o rácio de eficiencia piorou de 78,5% para 98,8%.
David Capdevila explicou ainda que as "taxas de morosidade de pagamento das empresas aumentaram nos últimos meses", e espera que o actual "agravamento se mantenha, pelo menos, durante o primeiro semestre de 2008".No entanto, realçou que "esta situação foi menos gravosa em Portugal que em Espanha".
Reforço na América Latina
O director geral da CYC salientou que a seguradora está atenta a oportunidades de investimento na América Latina. "O Brasil é a nossa porta de entrada. Temos capacidade financeira para investir e não excluimos o crescimento através de aquisições", disse.
David Capdevila adiantou que o grupo Atradius tem uma "forte" quota na Colômbia e Chile, pelo que a expansão da CYC pode passar por esses países.Mas,por agora, o principal objectivo é o reforço e consolidação do mercado brasileiro e da península ibérica.
A CYC conta com uma rede de 2.000 profissionais e mais de 40 delegações, que cobre o risco comercial de 28.000 empresas, para as quais avalia o risco de mais de 2,9 milhões de clientes por ano através do seguro de crédito. A CYC é uma das principais empresas, por dimensão, do grupo Atradius, que oferece seguros de crédito, caução e serviços de recuperação em todo o mundo. A Atradius segura anualmente cersa de 590 mil milhões de euros de comércio mundial, frente ao não pagamento de créditos.
Atradius e CYC concluem a integração
A Atradius e a CYC segunda e quartas maiores seguradoras do crédito do mundo, já concluiram todas as operações necessárias à junção dos seus negócios. Vão operar juntas como parte do grupo Atradius, fornecendo seguros de crédito, caução, serviços de cobrança, informação creditícia e outros produtos e serviços relacionados.
Para o Presidente do Conselho Supervisor da Atradius, Paul-Henri Denieuil, "Esta junção é algo que ambas as empresas previam desde a altura em que a CYC se tornou accionista da Atradius, em 2003. Juntas, ambicionamos liderar a indústria mundial de seguros de créditos". A Atradius tem uma das maiores redes mundiais de seguro de crédito e cobrança, enquanto a CYC é lider de mercado em Espanha e está no segundo lugar do ranking português de seguros de crédito. Apesar de operarem juntas como parte do grupo Atradius, mantêm as respectivas marcas para garantir a elevada notoriedade corporativa, diz fonte institucional da CYC.