01 Março 2020 Outro

“Sabe quanto valem os conteúdos da sua casa?”

“Sabe quanto valem os conteúdos da sua casa?”

A maioria das pessoas desconhece o valor do recheio da sua casa e por isso ou não reconhece a necessidade de o inventariar e segurar, ou fá-lo de uma forma incorrecta, subavaliando as peças.

A maioria das pessoas desconhece o valor do recheio da sua casa e por isso ou não reconhece a necessidade de o inventariar e segurar, ou fá-lo de uma forma incorrecta, subavaliando as peças. Trata-se de uma situação de infra - seguro, ou seja, há uma insuficiência do capital seguro em relação ao valor real dos bens seguros.
Esta situação acarreta grandes riscos para os proprietários, sobretudo no que toca a casas com recheios de valor elevado, dado que a maioria das companhias de seguros aplica a regra proporcional na regularização do sinistro: princípio geral do contrato de seguro segundo o qual, em caso de insuficiência do capital seguro, apenas incumbe à empresa de seguros uma parte de prejuízos ou danos, que é a mesma proporção em que o capital seguro total é inferior ao total de valores em risco. Dada a dificuldade e subjectividade de valorização das peças de valor, torna-se especialmente importante inteirar-se de quanto valem os conteúdos da sua casa, antes de fazer o seguro.
Assim, quais os valores pelos quais se devem segurar os conteúdos? Antes de mais, certifique-se que a sua seguradora não aplica desvalorização em quaisquer bens, mas antes o valor de substituição em novo, que significa o valor pelo qual se compraria uma pela equivalente.

 

Quatro conselhos para inventariar um recheio de habitação
1.     Fazer um inventário tão detalhado quanto possível;
2.     Avaliar com especial cuidado peças como roupa pessoal e da casa, livros, CD´s, DVD´s e videojogos, objectos de decoração, loiças e utensílios de cozinha – normalmente subavaliadas;
3.     Arranjar um esquema por divisão de casa. Se possível separar por tipo de bens;
4.     Listar exaustivamente as obras de arte e antiguidades;
Muito importante é a actualização de valores, para salvaguardar a inflação dos bens ao longo dos anos, sobretudo no que diz respeito a obras de arte onde a sua valorização é muito volátil.
Para salvaguarda da valorização dos bens comuns, deve-se subscrever sempre a cláusula de Actualização Automática de Capitais que impede que os valores seguros se vã desajustando da realidade ao longo dos tempos. Este sistema automático de actualização é baseado em índices publicados trimestralmente pelo Instituto de Seguros de Portugal (ISP) e reflecte variações de inflação verificadas tanto nos edifícios como nos recheios comuns.
Contudo, no que respeita obras de arte e antiguidades, esses índices respondem de forma deficiente, pelo que é um trabalho que deve ser feito por especialistas. Convém reavaliar, pelo menos de 3 em 3 anos, o valor dessas peças. Existem ferramentas que ajudam a evitar estas situações, como é o caso do Hiscox Art Market Research Índex, já que as avaliações periódicas, pelo seu custo, são por vezes inviáveis. Este índice, ponderado de acordo com a composição das colecções dos clientes Hiscox, baseia-se nos valores verificados em leilão. Usado na actualização dos capitais seguros, permite que os proprietários tenham os valores das suas colecções automaticamente ajustados à evolução do mercado de arte, em particular nos bens mais coleccionados, superando os outros índices automáticos do ISP que não estão vocacionados para a arte.
Deve ainda, no mínimo uma vez por ano, mas também sempre que houver alterações significativas na sua colecção, informar a companhia de seguros de compra e/ou venda de peças que efectuou.
Por fim, certifique-se que está a comprar uma cobertura adequada e informe-se sobre: se a sua apólice tem regra proporcional, quais os limites aplicáveis por cada peça que não listar, se a actualização de valores está prevista, se existe alguma cobertura automática para novas aquisições e como vai a seguradora valorizar as peças em caso de sinistro, se vai aceitar os valores por si propostos ou se ao invés vai contratar os seus peritos e, neste ultimo caso, se são especialistas em obras de arte/antiguidades.

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